
Residência CR
Comporta, Portugal

FICHA TÉCNICA
- Área do terreno
- 3389 m2
- Área construída
- 670 m2
- Conclusão
- 2024
PROJETO
- Arquitetura
- Jacobsen Arquitetura
- Equipe
- Paulo Jacobsen, Bernardo Jacobsen, Edgar Murata, Marcelo Vessoni, Francisco Rugeroni, Felipe Bueno, Lucila Dib, Vinicius Prearo, Alahyse Paiva, Elisa Albuquerque, Brayan Godoy, Melina Bercovici
- Design de interiores
- Jacobsen Arquitetura
- Equipe
- Paulo Jacobsen, Bernardo Jacobsen, Edgar Murata, Marcelo Vessoni Marcela Guerreiro Nicole Hanna, Stephanie Bergh, Gabriel Carvalho, Paula Máximo, Carolina Lácquila
- Paisagismo
- Topiaris
- Iluminação
- Light Design
- Estrutura
- Proemma
- Fotos
- Fernando Guerra
Localizada em Comporta, uma antiga vila de pescadores na costa portuguesa, a Residência CR é uma casa de veraneio rodeada por pinheiros, dunas de areia e vegetação árida. O projeto busca um diálogo com o seu contexto natural através de uma presença arquitetônica que respeita a paisagem ao invés de competir com ela.


A residência foi concebida para um casal que costuma receber a sua grande família. Para acomodar este estilo de vida e manter a sua privacidade, o projeto foi organizado em cinco blocos independentes. Um pavilhão central abriga as áreas sociais, enquanto os quatro bangalôs restantes acomodam as suítes. Uma passarela de madeira pergolada entrelaça todos os volumes, emoldurando suavemente as circulações exteriores e criando transições sombreadas entre os blocos.





O pavilhão social, concebido como uma caixa de vidro, abre-se completamente para a mata e as dunas circundantes. Painéis de vidro fazem a transição entre o interior e o exterior, reforçando a sensação de amplitude. O concreto foi escolhido para os pisos e bancadas, enquanto revestimentos de madeira e paredes brancas compõem os interiores. O sistema estrutural, em madeira laminada, confere leveza à composição, permitindo que a arquitetura respire com a paisagem.
Era importante considerarmos o quão específica era a vegetação, e como queríamos criar uma casa que complementasse o entorno ao invés de confrontá-lo. Para isso, optamos por usar madeira como material principal, como forma de mimetizar e interagir com os pinheiros ao redor. Na paleta de cores, tons de madeira fazem alusão aos pinheiros e tons de bege à areia. O objetivo era criar uma casa silenciosa, para que natureza e arquitetura pudessem coexistir.



No Brasil, existe a expressão “pé na areia”, usada para descrever um estilo de vida em que a casa se torna uma extensão natural do seu local, onde se pode circular continuamente sem se preocupar em estar dentro ou fora. É um modo de vida especificamente tropical, que remete ao espírito de um lugar, e que buscamos incorporar neste projeto.

