Residência V&H
Indaiatuba
FICHA TÉCNICA
- Área do terreno
- 60000 m2
- Área construída
- 1837 m2
- Conclusão
- 2024
PROJETO
- Arquitetura
- Jacobsen
- Equipe
- paulo jacobsen, bernardo jacobsen, edgar murata, marcelo vessoni, fernanda maeda, marcela siniauskas (+)
- Design de interiores
- Jacobsen
- Equipe
- paulo jacobsen, bernardo jacobsen, edgar murata, marcelo vessoni, marcela guerreiro, magu marinelli, décio araujo (+)
- Paisagismo
- Cardim
- Iluminação
- Foco
- Estrutura
- Projen
- Fotos
- Fernando Guerra
Um lago existente no terreno foi o ponto de partida do projeto da Residência V&H, localizada no interior de São Paulo. Implantada em um terreno em declive, a casa foi pensada como um percurso que se revela aos poucos, articulando arquitetura, água e paisagem em diferentes cotas.
Na cota mais baixa do terreno está a casa principal, concebida como uma residência térrea com implantação em L, voltada para o norte e posicionada próxima ao lago. O desejo dos clientes por uma “casa que flutuasse sobre a água” se traduziu na criação de espelhos d’água no perímetro da residência, que estabelecem uma continuidade visual e sensorial com o lago existente.
A entrada da casa principal é marcada por grandes portas pivotantes e por um jardim interno, que organiza a transição entre exterior e interior. A área social se desenvolve em um único eixo longitudinal, reunindo sala de estar, jantar e varanda gourmet, todos conectados diretamente à piscina. Grandes aberturas de vidro permitem ampla integração com a paisagem, enquanto generosos beirais garantem proteção solar e conforto térmico.
Na extremidade esquerda desse eixo está localizada a sala íntima, que pode ser integrada ou isolada do restante da área social por meio de portas camarão. Próximas a ela estão a suíte master e a suíte de hóspedes, separadas por um jardim. Ambas se abrem para a vista através de painéis de madeira, que possibilitam controle de luz, privacidade e integração com a área externa. À direita da área social, a sala de jogos se conecta à varanda gourmet, seguida pela academia e pelo spa, compondo o conjunto de lazer da residência principal.
Na cota intermediária do terreno se localiza um segundo lago com quatro bangalôs independentes, um para cada filho. Implantados de forma levemente desalinhada, os volumes criam diferentes enquadramentos e perspectivas da paisagem. Cada bangalô conta com duas suítes e um estar comum, abrindo-se completamente para a água e para a vegetação ao redor.
Uma passarela de madeira cuidadosamente desenhada atravessa o lago projetado e conecta os bangalôs entre si e ao caminho que leva à casa principal. A solução estrutural exigiu uma obra de engenharia precisa, permitindo que os volumes aparentem flutuar sobre o espelho d’água e reforçando a ideia de percurso e convivência ao longo do terreno.
Acima, na cota mais alta do terreno, estão localizados o bloco de serviço e as quadras. A proposta é que o caminho aconteça de forma descendente, permitindo que os bangalôs e a casa principal se revelem gradualmente em meio à paisagem.