Residência DJB
Porto Feliz, São Paulo, Brasil
FICHA TÉCNICA
- Área do terreno
- 3.600 m²
- Área construída
- 1.065 m²
- Conclusão
- 2020
PROJETO
- Arquitetura
- Jacobsen Arquitetura
- Equipe
- Paulo Jacobsen, Bernardo Jacobsen, Edgar Murata, Marcelo Vessoni, Fernanda Maeda, Marcela Guerreiro, Frederico Sabella, Felipe Bueno, Bárbara Campelo, Raíssa Simão, Chayene Cardoso
- Paisagismo
- D'Orey Brasil
- Iluminação
- Maneco Quinderé
- Construtora
- Epson
- Fotos
- Leonardo Finotti
A residência DJB está localizada em um terreno com inclinação diagonal, por isso, foi necessário idealizar uma implantação que corrigisse esse desnível. Desenvolvemos, então, um plano com dois muros em cada lado: um deles oferece privacidade perante o vizinho mais próximo, e o outro desce três metros, originando um andar semienterrado, enquanto parte da estrutura do pavimento principal fica em balanço.
Esses muros de pedra paralelos criaram platôs de acesso onde repousa a casa, que foi dividida em duas partes. A área social é a porção mais conectada ao terreno, e funciona como uma interface entre os dois lados da residência, o da entrada de pedestres e o da piscina.
Uma segunda entrada, onde está a garagem, fica no nível de baixo. Os carros são cobertos pelo balanço da casa e neste nível inferior foram alocados ainda uma área de serviço e uma sala multiuso.
Os bancos protegem toda a área em balanço, onde está localizado o bloco das suítes, formando varandas para os quartos, que foram distribuídos entre os dois lados da casa. O corredor que separa os blocos das suítes é uma espécie de corredor-galeria, mais largo e com uma abertura no fundo, solução que deixa o projeto mais leve, traz o jardim para dentro e preenche o espaço com luz natural.
A treliça que reveste todo o bloco íntimo é um elemento esteticamente marcante e funcional, já que proporciona privacidade para quem está nos quartos, sem bloquear a passagem de luz e ventilação.
No living, a estante em chapa metálica foi desenhada pelo escritório. Ela ajuda a separar o ambiente do hall, da escada e da circulação da cozinha como um filtro suave, sem bloquear completamente os espaços.
Outra forte característica do projeto é a cobertura sempre solta dos volumes fechados, como a cozinha e o bloco dos quartos, que dá mais leveza à construção – e foi um grande desafio para o fornecedor dos forros na hora da instalação.
Na área externa, um dos pedidos era um deque dos dois lados da piscina, para que os moradores e seus convidados pudessem aproveitar a área externa com sol, que se põe atrás da casa, até mais tarde. O jardim também se destaca pelas obras de arte de grandes artistas brasileiros, como a escultura em forma de serpente, de Francisco Brennand, e o banco com azulejos da obra Panacea Phantastica, de Adriana Varejão.