Edifício UC – Cannal Street
Nova Iorque - EUA
Ficha Técnica
- Área do terreno
- 438,6m²
- Área construída
- 2718,6m²
Projeto
- Arquitetura
- Jacobsen Arquitetura
- Equipe
- Paulo Jacobsen, Bernardo Jacobsen, Edgar Murata, Marcelo Vessoni, Francisco Rugeroni, Eduardo Aparício, Felipe Bueno, Vinicius Prearo, Gustavo Borges, Caio Ribeiro, Lucila Dib, Vinicius Yamashita, Marcela Guerreiro, Natalia Valente, Carolina Vasallo, Ananda Nunes
- Paisagismo
- Steven Yavanian Landscape Architecture
- Iluminação
- Maneco Quinderé
- Instalações
- AHT Global
- HV/AC
- JW Fire Sprinkler Design
- AV/AC
- Structural Engineering Technologies
- Estrutura
- Global Construction NYC
Desenvolver o projeto de intervenção num edifício histórico situado na parte antiga do bairro de South Houston (SoHo), situado ao sul da ilha de Manhattan, em Nova Iorque, está sendo um verdadeiro privilégio. A fachada do edifício de cinco andares, tombada, estava em processo de restauração há mais de um ano quando iniciamos os estudos para as áreas internas, cobertura e subsolo. O projeto destina-se a adaptar internamente o edifício para uso corporativo, garantindo sua eficiência infraestrutural e a adequação dos ambientes.
Tivemos a liberdade de remodelar todo o interior do edifício, criando para cada andar uma espécie de conjunto de escritórios independentes, ainda que pertencentes ao mesmo grupo de investidores. A articulação entre os andares é possível através da proposição de um interessante esquema de circulação vertical, através da implantação de uma escada escultural aberta para todos os andares, cercada por jardim vertical e dotada de iluminação zenital. A partir desse eixo de circulação, é possível garantir instigante conexão visual entre os andares do edifício.
Como partido de projeto, optamos por estabelecer o contraponto entre a grande área de trabalho – o chamado open space – e a criação de espaços compartimentados, tais como salas de reunião, copa e banheiros. A partir desse raciocínio espacial, propusemos um conjunto de sólidos independentes da volumetria e da modulação estrutural do prédio, a serem implantados junto às fachadas cegas. Assim, conseguimos liberar as janelas para o open space, criando um ambiente de trabalho agradável e bem iluminado. Entendemos que os volumes propostos deveriam ser translúcidos, de modo a assinalar a distinguibilidade da ação contemporânea a partir do uso de materiais notavelmente diferentes da estrutura e fachada original do edifício. Com essa escolha, pretendemos estabelecer relações visuais entre ambientes interiores e exteriores, garantindo algum grau de privacidade ao espaço interno. Durante a noite, os volumes internos funcionariam como objetos luminosos dentro do edifício.
Para a cobertura, por sua vez, buscamos uma linguagem estética adaptada a momentos de festas e confraternizações, que ocorrem principalmente durante o verão. A estrutura inclinada proposta para a cobertura sugere certo “espírito tropical” ao terraço; respeitando, porém, a restrição imposta pelo tombamento de que a construção não poderia ser avistada do nível da rua. O subsolo também foi destinado a momentos de lazer e descontração, adequados sobretudo aos meses de inverno. O layout previsto buscou conferir um clima interno de bar e snooker. Espera-se que essa área seja usada para assistir a jogos pela TV e, também, para a realização de happy hours, especialmente nos dias mais frios.