Residência HP
Rio de Janeiro
Ficha Técnica
- Área do terreno
- 1.350,00 m²
- Área construída
- 350,00 m²
- Conclusão
- 1997
Projeto
- Escritório
- Cláudio Bernardes & Jacobsen Arquitetura
- Iluminação
- La Lampe
- Fotos
- André Nazareth, Leonardo Finotti, Tuca Reinés
As diretrizes para a construção desta casa partiam de uma premissa radical: tanto melhor seria o projeto quanto mais profundamente rompesse com a tradição – européia – a que o cliente, um estrangeiro, estava habituado. Orientada para o mar, a casa deveria levitar, flutuar – como se encenasse o vôo de um balão –, de forma a que simplesmente pousasse na acidentada laje de pedra que era o terreno.
O cliente desejava, também, ter controle absoluto dos espaços, que se pudessem iluminar, a partir da sala, com uma só lâmpada, os quartos inclusive. Com o predomínio do aço, desde a estrutura até as esquadrias, a casa, montada por encaixe, como um puzzle monumental, foi criada em função da luz natural. Todas as suas áreas foram concebidas, sempre sob muitos vidros, para valorizar – potencializar – a luminosidade exterior. Assim, o seu tom varia ao longo do dia e é imposto pela cor do céu, que se imprime no branco, azulando-o, por exemplo, nos dias mais bonitos, e amarelando-o ao pôr-do-sol.
Desprovida de forros nas paredes, deixando expostas as instalações hidráulicas e elétricas, a casa tem três pavimentos, todos revestidos de mármore travertino brasileiro. O primeiro nível, de entrada, reúne as áreas de serviço e a garagem. Um elevador panorâmico leva ao segundo, onde está a cozinha, aberta para a sala e para a varanda, contígua, em parte “invadida” pela piscina. No terceiro pavimento, encontram-se os aposentos, com destaque para o quarto principal, que tem por teto uma imensa peça de vidro, sem cortinas.
Embora situada num lugar quente, sobre o qual o sol incide por muitas horas, a casa prescinde de ar-condicionado, beneficiada pelo pé-direito avantajado e pela intensa comunicação dos espaços.